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Propomos analisar que os heróis homéricos, embora não tenham existido de fato, podem ter símiles encontrados na sociedade para a qual Homero cantou suas epopeias. Isso acontece porque as obras homéricas refletiam essa sociedade, como bem observou o historiador Emilio Gabba, ao afirmar que é mais profícuo se estudar as estruturas social, econômica, cultural e política dos poemas desse aedo do que tentar provar a existência factual de eventos descritos por eles.
Near the river Avon, at the region that lies the "spa" town of Aquae Sulis, the shrine of Sulis Minerva is perhaps one of the most evocative images of Roman presence in Britannia. In this paper, will be treated the physical space of the sanctuary, to ascertain the location in which religious practices and cultural interactions occurred. For this, we must understand the key concept of this research: the "interpretatio" between the Roman deity (Minerva) and native (Sulis).
A beleza do corpo do guerreiro homérico, tanto na Ilíada quanto na Odisséia, constitui-se como elemento fundamental para a construção narrativa de atributos dos personagens heróicos. O belo corpo desses heróis mostra-se como elemento identitário do segmento social dos bem nascidos – os kaloi - dos períodos arcaico e clássico, e é imprescindível para a representação do “corpo” social aristocrático. Chama-nos a atenção como este belo corpo do herói, na Ilíada, tendo como exemplo paradigmático Pátroclo – está ligado semanticamente ao conceito de Bela morte140, isto é, ao belo corpo morto. Pátroclo é possuidor de um funeral completo no discurso narrativo da Ilíada, pois seu combate acaba por tornar-se uma entrega de sua vida no campo de batalha (VERNANT, 2002, p.410).
A mitologia desde a Grécia Antiga desperta muito interesse desde a época em que Homero compôs os poemas de grande difusão e composição ímpar. Os poemas foram compostos por volta do século VIII a.C, numa cultura em que a escrita estava em desuso, portanto os poetas compunham seus poemas oralmente para que os aedos pudessem recitar para o publico. O ato de recitar grandes poemas era acompanhado de desafios, muito devido ao tamanho e quantidade de informações contidas nos poemas, os autores usavam de recursos literários para que a recitação se tornasse menos complicada para quem fosse recitá-los. Os assuntos dos poemas épicos eram em sua totalidade, a religião, tratavam sobre os deuses e suas facetas e cotidiano; o panteão grego de deuses tem suas características próprias, são deuses com astucias, mas também com defeitos e jeitos muito semelhantes ao humanos; os deuses, por muitas vezes se relacionam com os humanos, interferindo no curso de suas vidas. Atena, faz essa ação durante toda a Odisseia protegendo e liderando Odisseu em sua volta pra Ítaca.
Abstract: The following study presents a brief compared analysis between the imaginary which pervades the narrative construction of the hero-warrior from the Homer’s Iliad and the tale about King Arthur on History of the Kings of Britain by Geoffrey of Monmouth (c. 1136). Come to our VIII-VII BC) in the stories which courses the Middle Ages from the XI to the XII centuries. Another meaningful factor correspond to the texts which follow the model that is intended to be presented – the comparison between the Homeric hero-warrior and the medieval hero-knight prefer to mention Achilles and Odysseus, better known, to Patroklos. It will be verified that Achilles’ companion, according to the Homeric narrative, may present many more aspects in common with the medieval cavalry than it is imagined. Resumo: O presente trabalho apresenta uma análise comparada sucinta entre o imaginário que perpassa a construção narrativa do herói-guerreiro na Ilíada de Homero e do escrito acerca do rei Artur em História dos Reis da Bretanha, de Godofredo de Monmouth (c.1136). Chama-nos a atenção a permanência de alguns elementos que determinam o comportamento heroico clássico (dos séculos VIII-VII a.C.) nos escritos que percorrem a Idade Média dos séculos XI-XII d.C. Outro fato interessante é que os textos que seguem o modelo que se pretende apresentar – a comparação entre o herói-guerreiro homérico e o herói-caval(h)eiro medieval preferem citar Aquiles e Odisseu, mais conhecidos, a Pátroclo. Verificar-se-á que o companheiro de Aquiles, segundo a narrativa homérica, pode apresentar muito mais pontos em comum com a cavalaria medieval do que se imagina.
Resumo: O objetivo deste artigo é categorizar os tipos de aedos apresentados nos poemas homéricos e pensar a relação destas categorias com os possíveis aedos históricos de períodos identificados como o homérico. Discutiremos, especificamente, a área espacial de atividade dos aedos nos poemas, ou seja, investigaremos se existe uma associação do aedo com um local privilegiado de performances ou se existem aedos itinerantes. O objetivo é demonstrar que o fenômeno não é apresentado homogêneo, mas a partir de inúmeras variações, o que tem consequências para a compreensão histórica da questão. Abstract: The purpose of this paper is to categorize the types of singers presented in the Homeric poems, and to consider the relation of those categories with historical singers from periods that have been identified as Homer's period. The paper will emphasize specifically the area of activity of the singers in the poems. In other words, the investigation will center on the possibility of association between the singer and a preferred place for performances, or if there are itinerant singers. The objective here is to demonstrate that the phenomenon is not presented as homogeneous, but through multiple variations that have consequences for the historical understanding of the problem.
The main objective of this thesis is to demonstrate a space of contact, still barely studied, in the transition from epic poetry to the arguments of the first philosophers, between different conceptions of κλέος (glory-fame-renown). Both some poets and some thinkers sought this fame that seems to have hatched first in Greek culture through the Homeric characters, but which also spread as a conceptual object of some ancient authors. In this demonstration that the thesis undertakes to unveil, Hesiod is a crucial component, for this poet is placed as an voice to be theoretically surpassed by Xenophanes and Heraclitus, who will also use this criticism of authorial Hesiod to construct their own κλέος. To demonstrate such aspects, this thesis will begin the study of κλέος present in Homeric poetry, demonstrate the poet's need to seek fame and the need for Hesiod to do so too. Finally, in the repetition and theoretical criticism of Hesiod by Xenophanes and Heraclitus we will observe two creative revivals of κλέος on the part of these philosophers.
2019, Revista Hélade
Neste artigo a autora explora precisamente as representações do príncipe troiano que desencadeou o conflito em Tróia após raptar Helena. Através de epítetos, qualificativos a ele atribuídos, discursos enunciados, comportamento em batalha e demais símbolos diacríticos utilizados na formulação narrativa de seu ethos heroico, a autora procura identificá-lo como uma das sínteses que distinguem aqueus e troianos.
2015, Camila Alves Jourdan - Dissertação
Comumente os estudos desenvolvidos sobre a thalassocracia ateniense versam sobre questões políticas e econômicas e abordam um curto espaço de tempo, considerando as mudanças mais imediatas. No entanto, em nossa pesquisa, buscamos entender o processo thalassocrático a partir de um longo recorte temporal (séculos VIII-V a.C.), através de indagações que perpassam o universo da cultura. Para tanto, investigamos as “representações sociais” (conceito conforme definido por Denise Jodelet) que foram sendo forjadas pelos helenos nos séculos que precederam a dominação do mar Egeu pela pólis de Atenas. Deste modo, nossa análise investigou as representações que permaneceram na documentação textual (através da metodologia empregada por Françoise Frontisi-Ducroux) referente ao mar, à navegação e aos nautai (navegantes), que serviram como base para o imaginário dos helenos sobre o meio marítimo e sobre aqueles que praticavam a navegação. Também nos debruçamos sobre a noção métis, a astúcia, a inteligência prudente e ardilosa que é empregada nas situações difíceis, flexíveis e ambivalentes, para alcançar uma conquista. Assim, centramo-nos na figura de Odisseu, o herói polýmetis, que se utiliza de muitos ardis para conseguir retornar à Ítaca. Entre seus desafios há o embate com as Sereias, que se desenvolve em meio marítimo. Esta cena, e a temática do mar e da navegação, é reconhecível na produção dos oleiros em Atenas quando do final do século VI para as primeiras décadas do V século a.C., momento em que o estrátego ateniense Temístocles, comparável a Odisseu nos usos dos ardis (métis), inicia o projeto que “volta” o interesse da pólis para os benefícios da exploração do mar e da navegação. Na pintura dos vasos (analisada a partir da metodologia proposta por Claude Bérard) a temática marítima e mítica é retomada como um meio de divulgação de mensagem thalassocrática.
2017, Revista Épicas
ÍNDICE/INDICE/TABLE DE MATIÈRES/INDEX Apresentação Presentación Dossiê A chamada do épico/Dossier L’appel de l’épopée A MIMESE ÉPICA POR EMULAÇÃO - Anazildo Vasconcelos da Silva ESTUDO TEÓRICO DE EPOPEIAS AFRICANAS - Bassirou Dieng FUERUNT ANTE HOMERUM POETAE. PERCURSO DA POESIA PRÉ-HOMÉRICA, ENTRE ORALIDADES E IMAGENS - Luana Quattrocelli A QUAL GÊNERO LITERÁRIO PERTENCE O POEMA DO POETA GEORGIANO CHOTA ROUSTAVÉLI, LE CHEVALIER À LA PEAU DE TIGRE - Danielle Buschinger O ÉPICO ESCRITO POR MULHERES NA PENÍNSULA IBÉRICA: BERNARDA FERREIRA DE LACERDA (1595-1644) E SOROR MARIA DE MESQUITA PIMENTEL (1581-1661) - Fabio Mario da Silva A EPOPEIA PÓS-MODERNA PORTUGUESA: DISSIMULAÇÃO E SIMULAÇÃO EM AS QUYBYRYCAS - Murilo da Costa Ferreira PÁLIDOS ÉPICOS: A PERDA DO TOM ÉPICO DO SAMBA-ENREDO CARIOCA NO SÉCULO XXI - Bruno Ferrari Seção livre/Séction libre A MENSAGEM: ENTRE AGOSTINHO DA SILVA E FERNANDO PESSOA - Celeste Natário e Renato Epifânio PARAGUAÇU, MOEMA E IRACEMA: RAZÃO E ESQUECIMENTO - Sandra Sacramento Relatos de pesquisa/Comptes rendus de recherche - p. 170 A IRONIA NO POEMA ÉPICO MARCO DO MUNDO, DE W. J. SOLHA - Éverton de Jesus Santos - p. 172 O HEROÍSMO ÉPICO EM ZUMBI, UM SONHO DA IGUALDADE, CORDEL DE GIGI - Luciara Leite de Mendonça - p. 186 A LÁGRIMA DE UM CAETÉ, DE NÍSIA FLORESTA, COMO CORPUS SENSÍVEL E POSSÍVEL PARA O 9° ANO - Waldemar Valença Pereira - p. 193
2018
2018, Forma Breve
Entre os temas mais recorrentes da poesia grega antiga está, decerto, o da imortalização do poeta através da memória de suas composições. Pode-se pensar, portanto, que o universo imaterial e perene da memória é uma espécie de terra prometida desejada pelos poetas, bem como a vereda que leva à salvação da mortalidade e de algo ainda mais terrível – do esquecimento. Inexorável e inelutável, a morte não pode ser evitada, e da escuridão do Hades um mortal não escapa. O oblívio e a própria morte, porém, podem ser de algum modo superados – no mundo da poesia, pela fama do nome e dos versos, à qual aspira o poeta. Estudar esse tema, suas elaborações e as estratégias de que se valem os poetas no gênero mais eminentemente performático da poesia grega antiga, a mélica (a lírica propriamente dita): eis a aspiração desta palestra.
2019, Nuntius Antiquus
Resumo: Retomando sucintamente o debate sobre o sentido da "inspiração divina" promovida pelas Musas na poesia hexamétrica grega, interpretamos o 'proêmio' da Teogonia de Hesíodo (versos 1-115). Partindo de um estudo de Teogonia, 26-28, desenvolvemos a interpretação sobre o emprego épico dos verbos kleío ("glorifico"), ainéo ("exalto", "aprovo") e hymnéo ("hineio") para, em seguida, concentrarmo-nos na relação da Musa Calíope com a compreensão homérica e hesiódica da linguagem política. Propomo-nos a destacar a função de Calíope como mensageira da temporalidade estabelecida pelo reinado olímpico de Zeus. Palavras-chave: Homero; Hesíodo; Musas; Calíope; realeza. Abstract: After succinctly reconsidering the debate on the meaning of the 'divine inspiration' furthered by the Muses in Greek hexametric poetry, we will interpret the "proem" of Hesiod's Theogony (lines 1-115). Beginning with a reflection on Theogony 26-28, we will develop an interpretation about the epic usage of the verbs kleiō ("I glorify"), ainéo ("I praise", "I approve") and hymnéo ("I sing a hymn") in order to concentrate on Calliope's relation with the Homeric and Hesiodic understanding of the political language. We will propose to highlight Calliope's role as a messenger of the temporality established by Zeus' Olympic reign.
Quando lemos a Ilíada, nos deparamos com diversos heróis destemidos, ousados em suas atitudes em batalha, como Aquiles, Pátroclo, Diomedes, Heitor, entre outros. No entanto, no Canto III, um episódio nos chama a atenção: Páris recua diante da fúria de Menelau. Isso gera indagações por parte de alguns autores, que o veem como um “anti-herói”. Destarte, procuraremos aqui neste trabalho explicar que, apesar desse episódio, Páris não perde seu estatuto de herói homérico, tal qual acreditamos que ele seja.
O objetivo de nosso artigo é mostrar como, através da Análise do Discurso, podemos compreender a formação discursiva que perpassa a tragédia "Os persas", de Ésquilo, a qual influencia sobremaneira a sua composição. Além disso, utilizando esse instrumental, é possível ancorá-la à época de sua composição e perscrutar a influência da configuração histórica no texto, tornando a tragédia uma documentação profícua para o estudo da História Antiga. Our aim in this article is to show how to understand the discursive formation which passes through Aeschylus’ "Persians" and influences too much the composition of the tragedy. Besides, by using the Discourse Analysis’s metodology, becomes possible to anchor the text to its composition time and perceive the historical configuration’s influence in it, turning tragedy into a proficuous documentation to the study of Ancient History.
2004, European Journal of Organic Chemistry
RESUMO: Its is a work about some ideas which appear both in poems of Homero and Hesíodo: the statue of the poet, the poem and its public, considering the features of the greek poem since its origins. Thoese ideas will have essential importance in posterior theories. Verdenius, em artigo dedicado aos princípios da crítica literária grega 1 , aponta algumas idéias mestras que a conformam, expressas nos textos tanto dos poetas arcaicos, quanto dos filósofos, até Platão, a saber: forma, destreza, autoridade, inspiração, contemplação. Decerto, outros parâmetros poderiam ser apontados – como a idéia de que o poema é um patrimônio, no sentido de monumento que se ergue, ou de que é um objeto que será levado, como mercadoria, de porto em porto, as quais encontramos em Píndaro 2. Entretanto, o importante é realçar que todos esses pontos de vista constituem a expressão, nos próprios textos, de poéticas que lhes são implícitas, ou seja, através desses enunciados metalinguísticos o poeta confirma ou reflete sobre seu fazer (seu poieîn, sua poética), explicitando o que implicitamente se supõe. Isso significa que, na Grécia, diferentemente de em outras literaturas, sempre foi problemático o estatuto do poeta, do poema e do poético, o que leva à necessidade recorrente de representar o lugar do primeiro, explicitar os processos de composição do segundo e indicar as finalidades das diferentes poéticas. Recorde-se, apenas para se ter uma perspectiva em contraponto, a impessoalidade, a naturalidade, a confiança com que o narrador do Gênesis judaico conduz seu relato: ele não sente necessidade alguma de apresentar-se (ou representar-se) para seu leitor, não tem de justificar o modo nem a finalidade do que narra, pois existe uma suposição de base, que é tanto sua quanto, sobretudo, de seu destinatário: a de que tudo o que ele diz é nada menos que a palavra de Deus. Num certo sentido, dispensam-se portanto os pressupostos poéticos, da perspectiva de que são supérfluos para a simples comunicação da verdade. Tendo em vista a especificidade da poesia grega desde suas origens 3 , examinarei algumas idéias registradas tanto nos poemas homéricos, quanto em Hesíodo, relativas a apenas certos conceitos que serão de fundamental importância para as teorias posteriores, a saber: o estatuto do poeta, do poema e de seu público.
A critical overview of the "Homeric Question", focusing on the central works of F. Wolf, "Prolegomena ad Homerum" (1795), and M. Parry, "L'épithète traditionnelle dans Homère" (1928), followed by an "Afterword", "Os clássicos pelas beiras" (S.Paulo: Annablume, 256p.).
2014, Romanitas
Uma discussão sobre o mundo representado nos poemas homéricos depende de uma abordagem de sua poética e de como circunscrevê-los na tradição mais ampla que é a da poesia hexamétrica grega arcaica. Propõe-se, aqui, um exame dessa tradição e do modo como nela o mundo dos heróis é conceitualizado como próximo e distante do mundo contemporâneo do público. a discussion regarding the world presented by the Homeric poems depends on discussion on the poems’ poetics and how they can be pinned down in a wider tradition, early Greek hexametric poetry. In this paper I tackle the issue of how this tradition handles the heroic world as both near to and far from the world of the audience.
2013, Relatório Final Fapesp
Atualização ortográfica e análise de todas as traduções em verso da Ilíada em Português entre os séculos XVIII e XIX. Foram encontradas duas linhas principais de estilo de tradução, uma delas pode ser traçada por meio da tradução de epítetos homéricos até tradutores contemporâneos.
At Homer’s Iliad there is a constant interference, sometimes a direct one, of the gods in the mortal world. Meanwhile, in Wolfgang Petersen’s movie, “Troy”, we may observe a ‘mortalization’ of these deities, if not a complete absence of them. By analyzing some scenes of the film and some excerpts from the book in a comparative way, finding similarities and differences in the representation of immortality in both works, it’s possible to understand the intentions of each author in each context.This article aim is to historicize and comprehend the choices made by the director of this cinematographic work to establish these representations, which make the film to take a little different direction than that of the Homer’s narrative.
2018, Nuntius Antiquus
O artigo rastreia pontos de contato entre a poesia e a profecia na Grécia Antiga, a partir da leitura da poesia grega arcaica e de estudos com perspectiva literária e antropológica. Os pontos de contato são reunidos em três tópicos principais: a experiência do divino; a confluência de elementos formais que propiciam a confluência de interpretação poética e interpretação profética; o uso narrativo de profecias e sinais interpretáveis na poesia épica grega. Fazem parte da recepção e da performance da poesia grega arcaica algo que vai além do entretenimento ou da experiência estética (embora esses aspectos sejam significativos) e que toca a experiência do divino. Palavras-chave: poesia; profecia; narratologia; religião grega. Abstract: This paper tracks the points of contact between poetry and prophecy in Ancient Greece based on readings of the Greek archaic epic poetry, and literary and anthropological studies. Those points of contact are summarized in three main topics: the experience of the divine; the similarity of formal components that makes poetic of both poetic and prophetic interpretation closer processes; the narrative use of prophecies and signs in Greek epic poetry. Both the reception and the performance of the Greek archaic poetry go beyond pure entertainment, and are more than mere aesthetic experiences (though they are certainly meaningful aspects of poetry): they are part of the experience of the divine. Keywords: poetry; prophecy; narratology; Greek religion.